Workshop realizado pelo Núcleo Regional São Paulo discutiu soluções para desastres geológico-geotécnicos em áreas de risco

Organizado pelo Núcleo Regional São Paulo da ABMS (NRSP), o II Workshop Desastres Geológico-Geotécnicos Ações e Soluções para Áreas de Risco – Baixada Santista aconteceu entre os dias 9 e 10 de outubro de 2023. O evento foi realizado na Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS), na cidade de Santos (SP).

A segunda edição do workshop teve como foco a Baixada Santista, onde se encontra a Serra do Mar. A região enfrenta diversos problemas com escorregamentos, o que torna ainda mais importante a discussão sobre o tema.

“O evento cumpriu exatamente o objetivo da ABMS, que é divulgar a engenharia geotécnica e colocar nossos profissionais à disposição da sociedade”, diz Ilan Gotlieb, presidente do NRSP. “Esse tipo de evento torna possível a disseminação da existência, das atividades e da importância da ABMS na engenharia nacional”.

Programação

O primeiro dia de evento contou com 65 participantes, que acompanharam uma série de palestras relacionadas aos riscos em encostas. O bloco da manhã teve início com uma apresentação sobre “Gestão de Riscos Geológico-Geotécnicos em Áreas Urbanas, Turísticas e Empreendimentos”, ministrada pelo engenheiro e geólogo Fabio Reis. A segunda palestra foi apresentada por Jozzefer Vincov de Abreu e Victor Arroyo da Silva do Valle, membros da Defesa Civil de Santos/Guarujá, e teve como tema “Desastre Relacionado às Chuvas Intensas na Baixada Santista em março de 2020: a experiência das Defesas Civis de Guarujá e Santos”. A última palestra tratou de “Ações de Prevenção e Remediação de Desastres Geológico-Geotécnicos”, ministrada por Diego Gazolli, engenheiro civil nascido em Santos, que direcionou o tema para a sua cidade natural.

O bloco da tarde foi inaugurado com apresentação sobre o “Plano Municipal de Cidades Resilientes: medidas estruturais básicas e medidas não estruturais de convivência menos vulnerável com as ameaças naturais”, com Agostinho Ogura, engenheiro da Geosafe. Para finalizar a série de palestras, Maria Rita Barros, geóloga da Defesa Civil de São Vicente, discutiu sobre o “Risco Geológico em Evolução: Abordagens de Mapeamentos diante das Mudanças Climáticas”. 

A rodada de apresentações contou também com a participação de Cristina Candido, professora da Universidade Santa Cecília (Unisanta). A engenheira analisou o tema a partir de seus conhecimentos sobre índices pluviométricos, um dos fatores diretamente ligados aos desafios com deslizamentos de solo. 

Depois da teoria, o segundo dia do workshop foi voltado à parte prática.  Foi realizada uma diligência técnica no Morro do Itararé. Durante a visita, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer um local onde já houve deslizamentos, entendendo na prática a magnitude de acidentes associados ao escorregamento de solos.

Próximas edições

“É provável que o workshop se torne fixo no calendário do Núcleo São Paulo, visto que este é um estado com ocorrência recorrente de escorregamentos”, diz Ilan Gotlieb. Além disso, o engenheiro expõe a vontade da equipe de transformar o projeto em um evento itinerante, passando por diversas regiões do estado. “A primeira edição foi em São Paulo, a segunda no litoral e estamos discutindo a ideia de a próxima ser no interior”, conta.

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