Fórum Nacional sobre Barragens de Rejeitos de Mineração será destaque no COBRAMSEG/SBMR 2016
Desde a ruptura da barragem de Fundão, em novembro de 2015, diversas medidas isoladas foram tomadas pela comunidade técnico-científica brasileira, pelos órgãos fiscalizadores, consultores e mineradoras. O COBRAMSEG/SBMR 2016 terá um momento para um debate mais profundo sobre as barragens de rejeitos e seus riscos: o
Fórum Nacional sobre Barragens de Rejeitos de Mineração, no dia 22 de outubro, das 13h30 às 18h. Além de reunir as experiências de outros países no assunto, será apresentado o estado da arte das barragens de rejeitos no mundo.
Programação
O cenário atual das barragens de rejeitos, suas tecnologias de disposição e aspectos de segurança e o aprimoramento das análises de liquefação destas barragens vão estar na primeira seção do Fórum. O tema "
Aprimoramento das análises de liquefação" será abordado por
Scott Olson, da Universidade de Illinois (EUA), que também apresentará um minicurso no dia 19 detalhando este importante fenômeno em barragens de rejeitos.
Ainda na primeira parte do encontro,
Roy Lopes, especialista da Golder Associates, fará uma apresentação sobre tecnologias de disposição de rejeitos, e o engenheiro geotécnico
Rafael Jabur, diretor de gestão de resíduos e rejeitos da Yamada Gold, apresentará as propostas de alteração da norma brasileira NBR 13028 e suas implicações.
A norma NBR 13028 especifica os requisitos mínimos para elaboração e apresentação de projeto de barragens para disposição de rejeitos de beneficiamento, contenção de sedimentos e reservação de água em mineração, visando atender às condições de segurança, operacionalidade, economicidade e desativação, minimizando os impactos ao meio ambiente.
A segunda parte do Fórum será uma mesa redonda, mediada por
Alberto Sayão, professor da PUC-Rio e ex-presidente da ABMS, sobre os possíveis caminhos que o Brasil pode seguir em relação ao futuro da disposição de rejeitos.
Sayão e os debatedores, junto ao público participante, irão abordar as tecnologias disponíveis e a viabilidade da aplicação de cada uma no Brasil, a adoção de melhorias no projeto e na construção de barragens de rejeitos alteadas a montante, as condicionantes dos projetos e suas soluções, as limitações de custo para operação, os riscos, o histórico de acidentes no Brasil e a necessidade de crescimento das economias.
Dois outros aspectos vão merecer destaque. Um deles é a necessidade de qualificação mais adequada dos profissionais dos órgãos de fiscalização e controle de barragens. Outro é a exigência de um guia de projeto com requisitos e orientações para elaboração de projeto e operação das barragens. Idealmente o Fórum deve convergir para uma lista de premissas e recomendações que visam melhorias na engenharia de barragens de rejeitos, a ser levada à comunidade técnica, associações e órgãos de fiscalização e controle da sociedade.
Da mesa redonda participarão
Luis Valenzuela, engenheiro chileno com larga experiência em barragens e que será o responsável pela abertura do Cobramseg, no dia 20 às 18h30, com uma palestra focando este tema,
Scott Olson, especialista reconhecido internacionalmente na área de barragens de rejeitos,
Cássio Viotti, especialista brasileiro em barragens e ex-presidente do Comitê Internacional de Barragens (ICOLD), Paulo Franca, especialista em geotecnia de mineração,
Roy Lopes, especialista em disposição de rejeitos da Golder Associates, e
Rafael Jabur Bittar, diretor de gestão de resíduos e rejeitos da Yamada Gold.
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